O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, manifestou forte oposição aos ataques realizados pelos Estados Unidos contra embarcações suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas, próximos à costa da Venezuela. Em entrevista publicada nesta sexta-feira (12), ele classificou essas operações como ‘extrajudiciais’ e ‘inaceitáveis’, ressaltando a gravidade da situação. Desde setembro, os EUA têm intensificado sua presença militar na região sob o argumento de combater redes ligadas ao governo venezuelano.
Sánchez destacou que as ações dos EUA resultaram em pelo menos 87 mortes, o que levanta sérias questões sobre os direitos humanos e o respeito ao direito internacional. Ele alertou que tais operações minam a confiança nas normas internacionais e criticou a aparente hipocrisia do Ocidente ao lidar com questões de direito internacional. O primeiro-ministro também enfatizou que é vital buscar um diálogo eficaz para encontrar soluções pacíficas para a crise na Venezuela.
As declarações de Sánchez refletem uma crescente preocupação entre líderes internacionais sobre as implicações das ações dos EUA na América Latina. Com a escalada militar no Caribe, há um temor de que isso possa agravar ainda mais a situação na Venezuela e prejudicar as perspectivas de um futuro diálogo. A necessidade de uma abordagem mais consistente e respeitosa em relação ao direito internacional é agora um tema central nas discussões sobre a política externa ocidental.

