O deputado federal Paulinho da Força, relator do projeto da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, declarou que não existe a mínima possibilidade de perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao Estadão, ele caracterizou as expectativas do senador Flávio Bolsonaro como um “sonho de verão”, reforçando que o projeto se concentrará em uma possível redução parcial de penas e não em um perdão abrangente, como desejam alguns integrantes da ala bolsonarista na Câmara.
Paulinho enfatizou que o sucesso do projeto de anistia depende do apoio do Partido Liberal, ao esclarecer que qualquer tentativa de emenda que altere o texto apresentado por ele não será bem-vinda. Ele destacou que a colaboração do PL é fundamental para a votação do relatório, que deve ser mantido sem modificações substanciais. A tensão entre os partidos está evidente, com críticas mútuas e a necessidade de um consenso para avançar com a proposta.
As declarações de Paulinho da Força e o clima de hostilidade entre os parlamentares refletem a complexidade da situação política atual, onde a anistia se tornou um tema delicado. A possibilidade de um acordo ainda é incerta, especialmente com a pressão crescente para que o Congresso defina a questão antes do fim do ano. A situação evidencia a fragmentação política no Brasil e as diversas opiniões sobre o legado do ex-presidente Bolsonaro.