No último domingo (7), o partido governista Livre declarou sua não aceitação dos resultados das eleições presidenciais em Honduras, acusando a interferência dos Estados Unidos no processo. A apuração dos votos, que já se estende por dois dias, mostra uma disputa acirrada entre Nasry Asfura, do Partido Nacional, e Salvador Nasralla, do Partido Liberal, com Rixi Moncada em terceiro lugar.
A direção do partido Livre emitiu um comunicado enfatizando que as eleições ocorreram sob condições de coação e pediu a nulidade total do pleito. Além disso, convocou protestos e solicitou que funcionários públicos não colaborem com a transição de governo, enquanto questiona as falhas no sistema de transmissão de resultados, que teriam gerado uma contagem paralisada e confusa.
As acusações de irregularidades e a chamada para investigação das práticas eleitorais levantam preocupações sobre a legitimidade do processo democrático em Honduras. Com a presidente Xiomara Castro em silêncio, a instabilidade política pode se intensificar, refletindo a tensão entre os partidos e a população, que aguarda ansiosamente a conclusão da contagem de votos e a definição do novo governo.

