O Parlamento Europeu aprovou, na terça-feira, medidas de proteção para os agricultores do bloco, com o intuito de limitar os impactos do acordo de livre comércio com o Mercosul. A votação, que resultou em 431 votos a favor e 161 contra, estabelece um monitoramento sobre produtos sensíveis, como carne bovina e açúcar, e permite a reintrodução de tarifas em caso de desestabilização do mercado.
As novas salvaguardas visam atender preocupações de países como França e Itália, que temem os efeitos do acordo no setor agrícola local. O adiamento da assinatura do pacto, solicitado pela França, revela a necessidade de mais discussões, especialmente uma vez que a Itália não se posicionou de forma definitiva. A cerimônia de assinatura do acordo está prevista para o próximo sábado no Brasil, mas a falta de consenso continua a ser um obstáculo.
Se o acordo não for concluído, isso poderá impactar negativamente a credibilidade da União Europeia e comprometer anos de negociações. Além disso, a ausência de um pacto pode colocar em risco as oportunidades econômicas para os países do Mercosul, que esperam benefícios substanciais do acordo. A situação é delicada e será novamente debatida na cúpula de fim de ano da UE, onde agricultores também planejam protestos.

