O parlamento da Argélia começou a discutir uma proposta de lei que tem como objetivo criminalizar o período de colonialismo francês, que se estendeu de 1830 a 1962. Essa medida surge em um contexto de crescente pressão social e política para abordar as consequências históricas desse domínio, que deixou marcas profundas na sociedade argelina.
A proposta busca não apenas reconhecer as injustiças cometidas durante a colonização, mas também estabelecer um marco legal que proíba a glorificação desse período. O debate ocorre em um momento em que a Argélia busca afirmar sua identidade nacional e lidar com as memórias traumáticas do passado colonial, o que pode trazer à tona tensões nas relações diplomáticas com a França.
Se aprovada, a lei poderá transformar o cenário das relações bilaterais entre os dois países, complicando o diálogo sobre temas históricos e contemporâneos. Além disso, poderá impulsionar um movimento mais amplo para a reparação e reconhecimento das injustiças cometidas durante a colonização, influenciando o discurso público e a política dentro da Argélia.

