Na noite de sexta-feira, a Polícia Nacional do Paraguai entregou Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, às autoridades brasileiras. A prisão ocorreu no Aeroporto de Assunção, onde ele tentava embarcar para El Salvador, após fugir do Brasil. Vasques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por sua participação em um esquema golpista.
As investigações indicam que Silvinei Vasques tinha um plano elaborado para sua fuga, utilizando documentos de identidade e passaporte paraguaios. Ele rompeu sua tornozeleira eletrônica e saiu de sua residência em São José, Santa Catarina, na véspera de Natal. Imagens de segurança mostram que ele deixou sua casa carregando um veículo alugado com bolsas e pertences, incluindo um cachorro.
A entrega de Vasques ao Brasil marca um desdobramento significativo na investigação sobre sua fuga e os crimes pelos quais foi condenado. O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, já havia determinado a prisão preventiva do ex-diretor, evidenciando o comprometimento das autoridades brasileiras em processar os envolvidos em tentativas de desestabilização do governo. A situação levanta questões sobre a segurança e a eficácia das medidas de monitoramento de pessoas sob condenação.

