Na época do Natal, o shopping em Salvador se transforma em um ponto de convergência para a sociedade brasileira, onde diversas classes sociais se reúnem ao redor do Papai Noel. Carlos Alberto de Castro, que assume o papel do bom velhinho, recebe até 800 visitantes por dia, proporcionando um espaço para que crianças e adultos compartilhem seus desejos e histórias em meio ao calor e à umidade do verão baiano.
O ambiente do shopping, com suas decorações festivas e a presença do Papai Noel, oferece um breve momento de alívio em uma sociedade marcada por desigualdades. Enquanto atende os visitantes, Castro escuta pedidos que vão desde simples presentes a anseios mais profundos, refletindo a complexidade da realidade brasileira. O Papai Noel se torna uma figura simbólica, onde ricos e pobres compartilham suas esperanças e frustrações, revelando o desejo de conexão humana em um mundo muitas vezes dividido.
Além de entreter, o trabalho de Castro como Papai Noel lhe permite observar de perto a diversidade do Brasil. Ele vê seu papel como uma oportunidade de ser parte da vida das pessoas, oferecendo um espaço onde podem ser ouvidas. O Natal, segundo ele, transforma as pessoas, trazendo à tona não apenas seus desejos, mas também suas dores e esperanças, reforçando a importância da empatia e da solidariedade em tempos de festividade.

