O Papa Leão XIV formalizou a nomeação do bispo Francis Li Jianlin para liderar a Prefeitura Apostólica de Xinxiang, na China, em um anúncio feito em 5 de dezembro de 2025. Essa decisão marca a continuidade do Acordo Provisório entre o Vaticano e a República Popular da China, que busca restaurar a influência papal na escolha de bispos chineses. A candidatura de Li foi aprovada em agosto e representa um passo significativo nas relações entre as duas entidades religiosas.
O bispo Li, natural de Huixian, completou sua formação no final dos anos 1990 e atuou em diversas paróquias antes de sua nova nomeação. Durante a cerimônia, o secretário-geral da Conferência dos Bispos Católicos da China leu a carta de aprovação na presença de mais de 200 fiéis, incluindo autoridades civis. O acordo de 2018 já resultou em outras nomeações conjuntas, mas ainda é criticado por limitar a autonomia da Igreja na China em comparação com outros países.
As relações diplomáticas entre o Vaticano e a China foram rompidas em 1951, após o reconhecimento de Taiwan. O pacto atual visa colocar fim a décadas de divisão entre católicos que aceitam a liderança do Partido Comunista e aqueles que operam de forma clandestina. A continuidade desse acordo poderá influenciar futuras nomeações e o papel da Igreja Católica na sociedade chinesa, destacando a delicada dinâmica entre religião e política na região.