O papa Leão XIV anunciou, em 18 de dezembro, a nomeação de Ronald Hicks como o novo arcebispo de Nova York, substituindo o cardeal Timothy Dolan, que se aposentou ao completar 75 anos. Dolan, uma figura conservadora, esteve à frente da arquidiocese desde 2009, e sua saída marca uma mudança significativa na liderança da Igreja Católica nos Estados Unidos, que abrange cerca de 2,8 milhões de fiéis.
Ronald Hicks, até então bispo de Joliet, em Illinois, é visto como um religioso moderado que apoia as reformas do papa Francisco. Sua experiência com imigrantes, adquirida durante seu tempo em El Salvador e no México, reflete sua postura solidária em relação a questões migratórias, contrastando com a posição de seu antecessor, que teve uma relação cordial com o governo Trump. Este novo capítulo para a arquidiocese se dá em um momento de dificuldades financeiras, com a necessidade de levantar mais de US$ 300 milhões em indenizações por abusos clericais.
Hicks assumirá oficialmente o cargo em 6 de fevereiro, enquanto Dolan seguirá como administrador interino. A mudança ocorre em um cenário político polarizado, onde a Igreja Católica americana se mostra cada vez mais crítica às políticas migratórias do governo federal. A nomeação de Hicks pode sinalizar uma nova direção para a arquidiocese, refletindo uma abordagem mais inclusiva e reformista sob a liderança do papa Leão XIV.