O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, manifestou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou o governador Cláudio Castro por sua postura durante uma megaoperação que resultou em 122 mortes, incluindo cinco policiais. Durante um fórum empresarial, Paes enfatizou que a segurança pública é uma responsabilidade do Estado, repudiando o que classificou como um ‘jogo de empurra’ entre as autoridades. Ele defendeu que enquanto o governo federal e os municípios podem auxiliar, a responsabilidade primária é dos governos estaduais.
A operação, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, provocou tensões entre o governo federal e o estadual. Castro alegou falta de apoio da União, enquanto o ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, negou ter recebido qualquer pedido de ajuda. O governador, posteriormente, recuou de suas declarações, alegando que foi mal interpretado, evidenciando a complexidade das relações entre as esferas de governo em momentos de crise.
Além das críticas de Paes, a situação também levou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a visitar o Rio para acompanhar a operação. O cenário acirrou discussões em torno de projetos de segurança pública no Congresso e no governo federal, à medida que se aproxima o ano eleitoral de 2026, aumentando a necessidade de soluções efetivas para a segurança no estado e no país.

