Neste domingo (21), o Padre Júlio Lancellotti, em sua primeira missa após ser proibido pela Arquidiocese de São Paulo de transmitir o rito na internet, denunciou que a Pastoral de Rua, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade, está sendo alvo de uma conspiração. Durante a celebração, o padre ressaltou a união da comunidade contra o ódio, enfatizando a importância do trabalho realizado pela pastoral em prol dos necessitados.
O religioso mencionou diversas iniciativas sociais, como as desenvolvidas no Centro Santa Dulce e na Casa Nossa Senhora das Mercês, destacando que as ações são sustentadas por doações e não contam com apoio governamental. Ele criticou os ataques direcionados à pastoral, afirmando que muitos que a atacam não conhecem seu histórico e suas contribuições para a sociedade. Além disso, Padre Júlio reafirmou seu compromisso com grupos discriminados, como moradores de rua e povos indígenas.
Apesar da proibição de utilizar redes sociais, a missa foi transmitida ao vivo pela Rede Jornalistas Livres, evidenciando o apoio à liberdade de expressão do religioso. A Arquidiocese de São Paulo não se manifestou sobre as declarações do padre, levantando questões sobre a relação entre a hierarquia da igreja e as vozes dissidentes. O desenrolar dessa situação poderá impactar o trabalho da Pastoral de Rua e a abordagem da Arquidiocese em questões sociais.