Em um contexto global marcado por incertezas econômicas e conflitos geopolíticos, o ouro alcançou uma valorização significativa em 2025, destacando-se como um ativo de proteção. Segundo Pablo Spyer, conselheiro da ANCORD, a forte alta do metal foi impulsionada por fatores estruturais, incluindo a intensificação das compras por bancos centrais, que visam diversificar reservas e reduzir a dependência do dólar.
Além da atuação dos bancos centrais, a demanda física por ouro se manteve robusta, especialmente na Ásia, o que reforçou seu papel como reserva de valor. O ambiente macroeconômico, caracterizado pela expectativa de cortes nas taxas de juros, aumentou a atratividade do ouro em relação a ativos de renda fixa. Os preços do metal chegaram a ser negociados a cerca de US$ 4.220 por onça troy, um aumento de 60% em relação ao início do ano.
Para 2026, as perspectivas permanecem majoritariamente positivas, embora especialistas alertem para possíveis correções no curto prazo. Spyer acredita que as incertezas globais e a atuação dos bancos centrais continuarão a sustentar a busca por ouro. Entretanto, a adaptação do mercado à evolução dos juros americanos será crucial para definir o futuro do metal precioso.

