Ouro se torna um ativo crucial para investidores em 2025, impulsionado por tensões geopolíticas entre potências como Estados Unidos, China e Rússia. A incerteza econômica, acentuada por uma desaceleração na economia americana e o impacto de tarifas, fez com que muitos buscassem o metal precioso como uma reserva de valor. Até o início de dezembro, o ouro acumulou uma valorização de mais de 60%, cotado a cerca de 4 260 dólares por onça troy.
No Brasil, a alta do ouro também se refletiu no câmbio, atraindo tanto investidores locais quanto grandes empresas do setor. A B3, principal bolsa de valores do país, lançou novos produtos financeiros relacionados ao ouro, como contratos futuros e índices, para atender à crescente demanda. Ao lado da compra física de ouro, esses instrumentos financeiros se destacam pela liquidez e facilidade de operação, tornando-se populares entre os investidores brasileiros.
Para 2026, as expectativas são de que o preço do ouro continue a subir, embora em um ritmo mais moderado. Cortes de juros nos Estados Unidos devem enfraquecer ainda mais o dólar, beneficiando o metal como reserva de valor. Analistas, incluindo os do Goldman Sachs, projetam que o ouro poderia encerrar o ano cotado a 4 900 dólares, sustentado pela compra de reservas por bancos centrais e pela demanda de investidores individuais e institucionais.