Em 2025, o ouro registrou uma valorização expressiva, superando os principais índices de ações globais em meio a um ambiente econômico global incerto. Pablo Spyer, conselheiro da ANCORD, destacou que essa valorização foi impulsionada por fatores estruturais, como a intensificação das compras de ouro pelos bancos centrais e um cenário geopolítico tenso, que elevou a demanda por ativos de proteção.
A valorização do ouro, que chegou a ser negociado próximo de US$ 4.220 por onça troy, reflete a crescente fragmentação geopolítica e o início de cortes de juros nas principais economias. A demanda física, especialmente na Ásia, também contribuiu para o desempenho robusto do metal, que se consolidou como uma reserva de valor em tempos de incerteza. No Brasil, a valorização do ouro foi de cerca de 65% até dezembro, destacando-se mais uma vez como um ativo de destaque no mercado doméstico.
As perspectivas para 2026 permanecem otimistas, com especialistas apontando que a busca por ouro deve continuar devido a incertezas globais e riscos fiscais elevados. A atuação dos bancos centrais e o comportamento dos juros nos Estados Unidos serão fatores cruciais para o desempenho futuro do ouro. Especialistas como Caio Mitsuo e Leonardo Santana acreditam que a tendência de valorização pode se manter, embora correções naturais possam ocorrer após um aumento tão significativo.

