Ouro atinge recordes históricos e impulsiona debate sobre investimentos

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

O ouro alcançou preços recordes no mercado, superando R$ 700 por grama, com uma valorização de mais de 60% desde 2023. Esse movimento é impulsionado pela expectativa de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos e por um cenário fiscal global adverso, levando investidores a buscarem ativos mais seguros. Diogo Almeida, economista-chefe da Pequod Investimentos, ressalta que essa alta não é fruto de especulação, mas de uma mudança estrutural na forma como países gerenciam suas reservas.

O impacto da invasão da Ucrânia e o congelamento das reservas russas em dólar acenderam um alerta sobre a vulnerabilidade de ativos atrelados à moeda americana. Países como China e Turquia têm acelerado a diversificação de suas reservas, colocando o ouro novamente em evidência. Almeida destaca que a deterioração fiscal em economias desenvolvidas também tem levado investidores a buscar ativos de oferta limitada, como o ouro, que funciona como um seguro natural em tempos de incerteza econômica.

Além disso, a digitalização do mercado, com a introdução de ETFs e contratos futuros, ampliou o acesso ao ouro, mantendo o volume financeiro elevado. O cenário atual sugere que 2025 pode ser um ano recorde para o ouro, com analistas projetando preços médios superiores a US$ 4.000 por onça. A crescente relevância do ouro no Brasil, diante da fragilidade fiscal, reforça sua posição como um investimento estratégico em tempos desafiadores.

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