O ouro atinge máximas históricas, com seu preço superando R$ 700 por grama no Brasil, evidenciando um crescimento de 60% desde 2023. Esse aumento é impulsionado pela expectativa de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos e pela crescente incerteza nas condições fiscais globais, levando investidores a buscar ativos de proteção em tempos de instabilidade.
De acordo com especialistas, como o economista-chefe de uma importante instituição financeira, a valorização do metal não é uma euforia passageira, mas um movimento estrutural. A invasão da Ucrânia e a resposta global a ela acenderam um alerta sobre a vulnerabilidade dos ativos atrelados ao dólar, fazendo com que países como China e Turquia diversificassem suas reservas, priorizando o ouro.
Com a possibilidade de novos cortes de juros pelo Federal Reserve, a demanda por ouro pode continuar a crescer, especialmente em um cenário de aumento das tensões geopolíticas. O metal se torna cada vez mais visto como um ativo de proteção, refletindo a fragilidade fiscal de várias economias, incluindo o Brasil, onde a desvalorização do real torna o ouro um investimento ainda mais atraente.

