Em 18 de dezembro, a líder do Partido Democrático da Itália, Elly Schlein, solicitou que o governo da premiê Giorgia Meloni apoie o acordo entre Mercosul e União Europeia durante uma reunião em Bruxelas. Schlein argumentou que, em face das guerras comerciais, a Itália deve buscar novas relações comerciais e não permitir que as compensações necessárias impeçam o avanço do acordo, que visa criar a maior área de livre comércio do mundo.
A declaração de Schlein ocorre em um contexto de resistência, já que Meloni havia afirmado anteriormente que assinar o pacto seria ‘prematuro’ e pediu mais tempo para garantir cláusulas de proteção ao setor agrícola, especialmente relacionadas ao uso de pesticidas. Além disso, a oposição de países como França e Polônia pode dificultar a aprovação do acordo na União Europeia, uma vez que esses países, junto com a Itália, podem bloquear a votação devido à sua significativa representação populacional no bloco.
A pressão sobre o governo italiano se intensificou, especialmente após o ultimato do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o acordo deve ser assinado ‘agora ou nunca’. Essa situação coloca a Itália em uma posição delicada, já que a hesitação em apoiar o acordo pode afetar as relações comerciais entre a Europa e países do Mercosul, impactando a economia de ambas as regiões.

