Na terça-feira (30), as Nações Unidas manifestaram forte oposição à recente legislação israelense que autoriza o corte do fornecimento de água e eletricidade à UNRWA, a agência da ONU dedicada a refugiados palestinos. O projeto de lei foi aprovado pelo Parlamento israelense na segunda-feira, gerando preocupações sobre o impacto na vida de milhões de pessoas que dependem desses serviços essenciais.
A nova lei permite que o governo israelense interrompa imediatamente o fornecimento de água e eletricidade a propriedades da UNRWA e também possibilita a tomada de terrenos públicos utilizados pela agência. Críticos, incluindo Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, chamaram a legislação de ‘escandalosa’, argumentando que se insere em uma campanha mais ampla para desacreditar a agência e dificultar seu trabalho vital na assistência aos refugiados palestinos.
Filippo Grandi, ex-chefe da UNRWA e atual diretor do ACNUR, também expressou preocupação, caracterizando a legislação como ‘lamentável’. A UNRWA desempenha um papel fundamental ao fornecer educação, saúde e outros serviços básicos a milhões de refugiados em Gaza, Cisjordânia, Líbano, Jordânia e Síria, e a nova lei pode agravar ainda mais a situação humanitária na região.

