ONU condena envio de funcionários a tribunal rebelde no Iêmen

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

Na terça-feira, 9 de dezembro de 2025, o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua condenação ao envio de funcionários da organização ao tribunal penal especial dos huthis, no Iêmen. Esta ação envolve vários dos 59 funcionários da ONU que estão detidos de forma arbitrária pelos rebeldes iemenitas. O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, revelou que alguns desses detidos estão há anos sem contato com o exterior.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, também se manifestou, chamando a atenção para as acusações falsas de espionagem que foram levantadas contra um colega, relacionadas ao seu trabalho. A ONU reitera que seus funcionários não podem ser processados por suas atividades oficiais. Além disso, as autoridades huthis são acusadas de utilizar seu sistema judicial como uma ferramenta de repressão contra ONGs e opositores.

O apelo da ONU para a libertação imediata dos detidos reflete a crescente preocupação com os direitos humanos no Iêmen, onde os huthis controlam a capital, Sanaa, e outras regiões. A situação dos funcionários da ONU ressalta as tensões entre a organização e os rebeldes, que continuam a desafiar a comunidade internacional com suas ações. O desdobramento deste caso pode impactar as operações humanitárias no país e a relação dos huthis com a ONU e a comunidade internacional.

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