Especialistas da ONU denunciaram em 24 de dezembro o bloqueio naval imposto pelos Estados Unidos à Venezuela, qualificando-o como um ‘ataque armado’ que infringe o direito internacional. A medida, que visa impedir a entrada de navios petroleiros sancionados, tem gerado repercussões significativas na região e já resultou na apreensão de ao menos dois embarcações. Desde agosto, os EUA mantêm uma presença militar no Caribe, oficialmente para combater o narcotráfico, mas as ações têm gerado controvérsias e vítimas civis.
Os especialistas enfatizaram que a imposição de sanções unilaterais através de um bloqueio armado não possui respaldo legal. Eles criticaram os ataques a lanchas suspeitas de tráfico, destacando a falta de evidências de que estas estivessem realmente transportando drogas. Além disso, relataram que as operações resultaram em mortes de pessoas que não representavam uma ameaça imediata, o que configura uma violação do direito à vida que deve ser investigada e punida.
A comunidade internacional, incluindo países como Rússia e China, expressou preocupação com a pressão militar dos EUA sobre a Venezuela, chamando-a de ‘comportamento de caubói’. O embaixador venezuelano na ONU destacou que tais ações forçam os venezuelanos a abandonar seu país. O futuro das relações entre os EUA e a Venezuela permanece incerto, com potenciais implicações para a segurança e os direitos humanos na região.