A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, em 11 de dezembro, que não existem evidências que conectem vacinas ao autismo. Essa afirmação se baseia em duas novas análises realizadas pelo Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas (Gacvs), que examinaram estudos anteriores sobre o tema. A discussão ganhou destaque após um erro de comunicação da agência de controle de doenças dos EUA, que questionou a validade da afirmação da OMS.
Os estudos revisados incluíram uma análise de 31 pesquisas sobre vacinas com timerosal, onde 20 delas, consideradas metodologicamente rigorosas, não encontraram qualquer relação entre vacinas e autismo. Além disso, outras 11 análises, que sugeriram uma possível associação, apresentaram problemas metodológicos significativos. A OMS reafirmou que o conjunto de evidências científicas disponíveis apoia fortemente a segurança das vacinas.
O segundo estudo focou em vacinas que contêm alumínio, onde 17 análises de alta qualidade também não encontraram relação com o autismo. Apenas duas análises identificaram uma associação de baixa qualidade, incapaz de demonstrar causalidade. Com base nessas avaliações, a OMS concluiu que não há evidências que corroborem a relação entre vacinas e transtornos do espectro autista, reforçando a necessidade de confiança na vacinação.

