O novo salário mínimo de R$ 1.621, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026 e será pago a partir de fevereiro, promete injetar R$ 81,7 bilhões na economia brasileira, conforme estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Aproximadamente 61,9 milhões de brasileiros terão seus rendimentos diretamente afetados, incluindo aposentados, empregados e autônomos, destacando a abrangência do impacto do novo piso salarial.
Além do efeito positivo sobre a renda, o aumento do salário mínimo também implica desafios para as finanças públicas. O Dieese indica que o reajuste acarretará um aumento estimado de R$ 39,1 bilhões nas despesas da Previdência Social até 2026, além de um custo adicional de R$ 380,5 milhões para cada R$ 1 de aumento no salário mínimo. Isso representa uma preocupação para o governo, que busca equilibrar os benefícios para a população com o controle das despesas obrigatórias.
O reajuste segue a Lei 14.663, de agosto de 2023, que considera a variação do INPC e o crescimento do PIB para determinar o novo valor. Entretanto, o novo arcabouço fiscal, estabelecido pela Lei Complementar 200/2023, impõe limites ao crescimento real das despesas, complicando a previsão de aumentos futuros. A combinação da inflação e do crescimento do PIB resultará em um aumento nominal de R$ 103 no salário mínimo, refletindo a necessidade de um planejamento fiscal rigoroso.

