O Brasil registrou 2,38 milhões de nascimentos em 2024, marcando uma queda de 5,8% em comparação aos 2,52 milhões de nascidos em 2023. Este é o sexto ano consecutivo de diminuição na taxa de natalidade, com a redução de 2024 sendo a mais acentuada dos últimos 20 anos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que essa tendência reflete mudanças nas dinâmicas familiares e sociais do país.
A gerente da pesquisa do IBGE, Klivia Brayner, aponta que a diminuição no número de nascimentos está ligada ao aumento da idade das mães e a um comportamento demográfico que tem se tornado mais evidente. Em 2024, apenas 34,6% dos nascimentos ocorreram entre mães com até 24 anos, comparado a 51,7% em 2004. Além disso, março foi o mês com o maior número de nascimentos, totalizando 215,5 mil registros.
As implicações dessa queda são significativas, uma vez que a redução da fecundidade pode impactar o mercado de trabalho e a estrutura social no futuro. Com menos crianças nascendo, o Brasil pode enfrentar desafios em termos de envelhecimento populacional e sustentabilidade dos sistemas previdenciários. Portanto, especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas que abordem essas mudanças demográficas.

