Najib Razak, ex-primeiro-ministro da Malásia, foi condenado a quinze anos de prisão por abuso de poder e lavagem de dinheiro, em um novo desenvolvimento relacionado ao escândalo do fundo 1Malaysia Development Berhad (1MDB). A decisão foi anunciada em Putrajaya, capital administrativa do país, após um processo judicial que durou sete anos e incluiu o testemunho de 76 pessoas.
O tribunal considerou Najib culpado de várias acusações, incluindo o desvio de aproximadamente 2,3 bilhões de ringgits para contas pessoais. Essa condenação é a segunda em um caso que já resultou em uma pena anterior de seis anos por peculato, também ligada ao 1MDB. Apesar de sua defesa alegar que foi enganado por assessores, essa argumentação não foi aceita pelo judiciário malaio, que tem enfrentado críticas sobre a eficácia no combate à corrupção.
As condenações de Najib não apenas expõem a fragilidade da elite política malaia, mas também refletem uma mudança significativa no clima político do país. O atual primeiro-ministro, Anwar Ibrahim, enfatizou a importância de respeitar as decisões judiciais, enquanto especialistas em corrupção alertam que, apesar das sentenças, o país ainda precisa implementar reformas para evitar novos escândalos. A situação em torno de Najib continua a mobilizar apoiadores e críticos, evidenciando as tensões sociais em um cenário político em transformação.

