Mutirão em Goiás revela desafios na inclusão de PCDs no mercado de trabalho

Bianca Almeida
Tempo: 2 min.

Um mutirão realizado em Goiás no Dia D da Contratação de PCDs, em novembro, ofereceu 408 vagas, mas apenas três pessoas com deficiência foram mantidas após 30 dias. Promovido pelo Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação e o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, o evento ilustra as dificuldades enfrentadas por empresas e candidatos. Entre os fatores que contribuem para essa situação estão salários baixos e a perspectiva de perda de benefícios sociais.

O cenário é agravado por barreiras estruturais e culturais. A diretora de Empregabilidade Jovem da Associação Brasileira dos Profissionais de Recursos Humanos de Goiás aponta que a falta de inclusão nas empresas se deve a uma cultura organizacional inadequada e à ausência de programas de apoio. Além disso, a falta de comunicação clara sobre as oportunidades disponíveis afeta a adesão de PCDs às vagas oferecidas.

As implicações dessa realidade são preocupantes, com um grande número de PCDs ainda fora do mercado de trabalho. O presidente do SEAC-GO destaca que a inclusão efetiva depende não apenas da criação de vagas, mas de condições que garantam a permanência desses trabalhadores. Para que a inclusão se torne uma realidade, é necessário um esforço conjunto entre empresas, governo e sociedade civil, visando uma abordagem mais inclusiva e sustentável.

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