Uma mulher de 38 anos foi detida na última sexta-feira (19) em São Paulo, suspeita de auxiliar no roubo de gravuras de artistas renomados, como Matisse e Portinari, da Biblioteca Mario de Andrade, ocorrido em 7 de dezembro. Ela é companheira de um dos autores do roubo, que estaria em sua casa após o crime. Apesar de ser encontrada na posse de um celular do suspeito, a mulher nega envolvimento e afirma não saber o paradeiro das obras perdidas.
Outros dois indivíduos já foram presos em conexão com o roubo. Um deles, identificado como Felipe dos Santos Fernandes Quadra, foi reconhecido como participante da invasão à biblioteca, enquanto Luis Carlos Nascimento é apontado como membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As gravuras, pertencentes ao Museu de Arte Moderna (MAM), ainda não foram localizadas, e a Interpol já as registrou no sistema ID-Art, que monitora obras de arte roubadas.
O roubo ocorreu durante o último dia de uma exposição que destacava a relação entre o MAM e a biblioteca. Os criminosos renderam uma vigilante e um casal de visitantes, levando oito gravuras de Matisse e cinco de Portinari. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, as obras possuem valor significativo, que vai além da avaliação econômica, refletindo sua importância cultural e histórica.

