Movimentos do campo e organizações de saúde e direitos humanos reforçaram suas críticas ao agronegócio brasileiro durante o Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos, celebrado em 3 de dezembro. A Comissão Pastoral da Terra revelou que 276 casos de contaminação foram registrados em 2024, representando um aumento de 762% em relação ao ano anterior. Essa situação alarmante destaca a urgência de uma discussão mais ampla sobre o uso de agrotóxicos no país.
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos, junto a grupos jurídicos e de direitos humanos, intensificou suas ações para enfrentar as consequências do uso de venenos na agricultura. Jakeline Pivato, representante da campanha, destacou que o agronegócio é um dos principais responsáveis pela contaminação ambiental e pela saúde da população. Além disso, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) também manifestaram preocupações sobre o crescente uso de agrotóxicos e os riscos associados à saúde dos trabalhadores rurais.
As organizações pedem uma revisão das políticas públicas e uma maior proteção para as comunidades afetadas. A legislação atual, embora estabeleça normas para proteger a saúde, enfrenta desafios significativos como a falta de governança e orçamento. A pressão política e a flexibilização das normas para o setor agroquímico dificultam a implementação de medidas mais restritivas e efetivas.


