O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou que a cassação do deputado Alexandre Ramagem será analisada pelo plenário, desafiando a orientação do Supremo Tribunal Federal, que determinou um procedimento administrativo. Motta justificou a decisão alegando a necessidade de proteger as prerrogativas parlamentares, apesar da ordem do STF para que a perda de mandato fosse formalizada apenas pela Mesa Diretora.
Essa decisão de Motta ocorre em um contexto onde a Câmara busca maior protagonismo nas questões políticas, especialmente em relação ao Judiciário. O presidente da Câmara também indicou que o caso do deputado Eduardo Bolsonaro será tratado de maneira diferente, com a cassação sendo realizada pela Mesa Diretora, sem votação no plenário, devido ao número excessivo de faltas do parlamentar.
As implicações dessa postura da Câmara podem ser significativas, pois refletem uma tensão crescente entre os poderes legislativo e judiciário no Brasil. A medida pode ser vista como um movimento estratégico para reafirmar a autonomia da Câmara, especialmente diante de recentes decisões do STF que impactaram o Congresso, levantando questionamentos sobre a separação de poderes e a legitimidade das ações parlamentares.

