Motta e Alcolumbre alternam entre conflito e cooperação com o governo

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado, tiveram um ano marcado por uma relação oscilante com o Poder Executivo. Durante 2025, especialmente no segundo semestre, a interação entre os dois e o governo se deteriorou, resultando em afastamentos significativos e tensões notáveis. Motta rompeu com a liderança do PT na Câmara, enquanto Alcolumbre se distanciou de figuras importantes do governo, como o senador Jaques Wagner.

Os atritos surgiram em meio a decisões estratégicas e políticas, como a relatoria do PL Antifacção, que foi atribuída a um deputado da oposição, e a indicação de Jorge Messias ao STF, que gerou reações adversas no Senado. Essa mudança de comportamento dos líderes legislativos reflete um novo panorama de governabilidade, onde o Congresso se posiciona de maneira mais autônoma, buscando atender demandas locais que muitas vezes não correspondem às necessidades nacionais. Especialistas argumentam que essa dinâmica pode prejudicar a responsabilidade do Legislativo e gerar um cenário confuso para a política orçamentária.

Com o final de 2025, a fragilidade do governo se torna evidente, exigindo dele concessões substanciais para manter o apoio do Congresso. O Executivo, que perdeu parte do controle orçamentário, enfrenta um ambiente político onde os parlamentares atuam de forma mais independente, priorizando interesses locais. Essa realidade levanta questões sobre a capacidade do governo de se adaptar a um cenário em constante mudança, onde a transparência e a responsabilização se tornam fundamentais para manter a confiança da população.

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