Brigitte Bardot, ícone do cinema europeu, faleceu no dia 28 de dezembro de 2025, aos 91 anos, suscitando uma onda de reflexões sobre sua trajetória controversa. Conhecida tanto por sua beleza quanto por suas declarações polêmicas, a atriz deixa um legado que divide opiniões, especialmente nas redes sociais, onde seu passado foi revisitado. A complexidade de sua figura provoca amor e repúdio em diversas esferas políticas.
Embora Bardot tenha se destacado em causas como a defesa dos direitos das mulheres e a proteção aos animais, sua história é marcada por comentários xenofóbicos e racistas, especialmente contra imigrantes árabes e comunidades muçulmanas na França. Ela chegou a ser multada pelo governo francês por incitação ao ódio racial e expressou apoio a figuras políticas de extrema-direita, o que alimentou ainda mais a controvérsia em torno de sua imagem. A dualidade de sua atuação, entre a defesa de causas sociais e suas opiniões controversas, coloca em xeque a forma como será lembrada.
As implicações da morte de Bardot vão além da nostalgia cinematográfica, trazendo à tona discussões sobre a relevância de seu legado em tempos de crescente sensibilidade social. Ao criticar o movimento #MeToo, por exemplo, ela distanciou-se de muitos feministas contemporâneos, enquanto sua fundação de proteção animal continua a operar em diversas frentes. Assim, a figura de Bardot permanece como um símbolo da complexidade das questões sociais, instigando debates sobre a separação entre o artista e suas opiniões pessoais.

