O cantor Lindomar Castilho, reconhecido como o Rei do Bolero, faleceu aos 85 anos neste sábado (20). A notícia foi divulgada por sua filha, Lili de Grammont, que não revelou a causa ou local do óbito. Castilho ficou marcado na memória pública não apenas por sua carreira musical, mas também por seu envolvimento em um dos casos de feminicídio mais notórios do Brasil, quando assassinou sua ex-esposa em 1981.
Nascido em Rio Verde, Goiás, em 1940, Castilho construiu uma carreira sólida nos anos 70, destacando-se como um dos maiores vendedores de discos do Brasil. Seu crime, que resultou em uma condenação de 12 anos, ocorreu durante um show de sua ex-esposa, refletindo a tragédia que cercou sua vida. Após deixar a prisão, o cantor viveu em ostracismo, embora tenha tentado retomar sua carreira musical com um álbum ao vivo nos anos 2000.
A morte de Lindomar Castilho traz à tona discussões sobre violência de gênero e feminicídio no Brasil. Lili de Grammont, em sua homenagem, expressou sua esperança de que a masculinidade tóxica do pai tivesse sido transformada. Este trágico episódio da vida de Castilho ilustra as complexas interações entre fama, violência e as consequências devastadoras que afetam as famílias envolvidas.

