O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou nesta terça-feira (9) o pedido da defesa do general da reserva Mário Fernandes para incluir o ministro Luiz Fux no julgamento da Primeira Turma sobre o núcleo da trama golpista. Segundo Moraes, o pedido foi classificado como ‘absurdo jurídico’, uma vez que Fux já pertence à Segunda Turma e não pode participar de dois colegiados simultaneamente.
Durante a sessão, Moraes destacou que o regimento interno do STF estabelece a composição fixa de cada turma, com cinco membros, sendo suficiente um quórum de três ministros para a realização dos julgamentos. Ele também ironizou a atuação da defesa, sugerindo que a falta de familiaridade dos advogados com o funcionamento da Corte contribuiu para a elaboração do pedido infundado. A rejeição do pedido de adiamento da sessão também foi uma decisão do ministro, que considerou a solicitação juridicamente inviável.
A tentativa de incluir Fux, que no passado divergiu em favor da absolvição de Jair Bolsonaro, revela uma estratégia recorrente da defesa em busca de reverter decisões desfavoráveis. Com a negativa de Moraes, a Primeira Turma continua a analisar os demais núcleos da tentativa de golpe com sua composição atual, reafirmando a legalidade dos julgamentos e a integridade do processo judicial em curso.