O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, detalhando suas interações com Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. Moraes afirmou que se encontrou com Galípolo em duas ocasiões, em 14 de agosto e 30 de setembro, mas negou que os temas discutidos incluíssem a venda do Banco Master ao BRB, como sugerido por reportagens recentes.
No novo comunicado, Moraes ressaltou que as reuniões foram exclusivamente sobre os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky, que o afetou diretamente. A negativa de conversas telefônicas entre ele e Galípolo também foi uma parte central da declaração, contradizendo informações publicadas em meios de comunicação que mencionaram múltiplos contatos. O ministro enfatizou que sua esposa, Viviane Barci, não esteve envolvida na operação de venda mencionada.
O esclarecimento de Moraes ocorre em um contexto de crescente atenção da mídia sobre as alegações de conflitos de interesse e pressões políticas. A situação levanta questões sobre a transparência nas interações entre autoridades e instituições financeiras, além de provocar discussões sobre a integridade das decisões judiciais quando envolvem interesses financeiros. Com a continuidade das investigações, a credibilidade dos envolvidos poderá ser ainda mais contestada.