O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu na tarde desta sexta-feira (26) pela prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal durante o governo de Jair Bolsonaro. A medida foi motivada pela violação das condições de sua liberdade provisória, que incluía o uso de tornozeleira eletrônica, a qual Vasques rompeu antes de fugir para o Paraguai, onde foi detido ao tentar embarcar em um voo para El Salvador.
De acordo com a decisão do ministro, a Polícia Federal informou que a tornozeleira parou de emitir sinal por volta das 3h da madrugada de quinta-feira (25). Agentes foram à residência de Vasques, localizada em São José, Santa Catarina, e constataram sua ausência. A fuga foi considerada uma violação grave das medidas cautelares, justificando a conversão em prisão preventiva, conforme a análise do ministro Moraes.
Silvinei Vasques já havia sido condenado a 24 anos e 6 meses de prisão por sua participação em uma ação penal ligada a uma tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder. A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal alegam que ele organizou blitzes para dificultar o acesso dos eleitores à urna em locais onde a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva tinha maior apoio. O desdobramento desse caso pode ter impactos significativos nos debates sobre a segurança e a integridade do processo eleitoral no Brasil.

