O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu na última sexta-feira, 26 de dezembro, pela prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. A medida foi adotada após a constatação de que Vasques rompeu sua tornozeleira eletrônica e tentava embarcar para El Salvador com um passaporte considerado falso. Este incidente ocorreu na madrugada do dia 25 de dezembro, quando o monitoramento de Vasques deixou de funcionar, levantando suspeitas sobre uma tentativa de fuga.
Após o rompimento do dispositivo, a Polícia Federal não conseguiu localizar Vasques em seu endereço em São José, na Grande Florianópolis. Horas depois, ele foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo internacional. A decisão de Moraes ressalta que a violação das condições de liberdade impõe um risco significativo à aplicação da lei penal e à ordem pública.
A condenação de Vasques pelo STF, que totaliza 24 anos e seis meses, inclui 22 anos de reclusão e 100 dias-multa, além da determinação de que qualquer descumprimento das condições de liberdade resultaria em prisão imediata. A gravidade da situação levanta preocupações sobre a eficácia do monitoramento eletrônico e as possíveis implicações para a justiça, especialmente em casos de figuras de destaque no governo.

