Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, viajou para Lima para assistir à final da Copa Libertadores entre Palmeiras e Flamengo. O ministro utilizou um jatinho privado do empresário Luiz Oswaldo Pastore, conforme noticiado pelo colunista Lauro Jardim. A bordo, estava também um advogado que defende um ex-diretor de compliance do Banco Master, envolvido em um caso que gera grande repercussão nacional.
A viagem de Toffoli ocorre em um contexto delicado, já que ele recentemente decidiu impor sigilo máximo ao caso do Banco Master, transferindo sua jurisdição para o STF, em vez da Justiça Federal de Brasília. O advogado presente no voo, Augusto Arruda Botelho, é ex-secretário nacional de Justiça e representa Luiz Antonio Bull, que está detido em uma operação que também prendeu o banqueiro Daniel Vorcaro. A situação levanta questões sobre a ética e a transparência nas atividades do judiciário e suas interações com figuras do setor privado.
Com a viagem de Toffoli, surgem preocupações sobre possíveis conflitos de interesse e a influência de sua posição no STF em questões que envolvem o Banco Master. A presença de um advogado de defesa de um caso em andamento levanta críticas e provoca questionamentos sobre a imparcialidade do tribunal. O desdobramento deste caso poderá impactar a percepção pública sobre a justiça e a atuação do STF, especialmente em tempos de crescente desconfiança nas instituições.

