O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o advogado Augusto Arruda Botelho viajaram juntos em um jatinho para a final da Libertadores em Lima, no Peru, em dezembro de 2025. A carona foi oferecida pelo empresário Luiz Oswaldo Pastore e a aeronave levava um total de 15 pessoas, incluindo o ex-deputado Aldo Rebello. Toffoli é o relator da investigação sobre suspeitas de fraudes financeiras relacionadas ao Banco Master, no qual Botelho atua como advogado do diretor de compliance.
A viagem ocorreu antes da distribuição do caso a Toffoli, que recebeu os autos em sigilo a pedido da defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. A Polícia Federal apreendeu documentos relevantes na investigação, que envolve possíveis irregularidades financeiras, mas até o momento não há indícios de ligação com o empreendimento imobiliário mencionado pelo deputado federal João Carlos Bacelar. A decisão de manter o processo no STF foi tomada por Toffoli, que agora avaliará se as quebras de sigilo e bloqueios de bens devem ser mantidos na corte.
O caso levanta preocupações sobre a relação entre o Judiciário e os setores privados, especialmente em um momento em que a transparência e a ética são cruciais para a confiança pública nas instituições. A condução do processo por Toffoli, apesar da falta de evidências até o momento, poderá ter implicações significativas na investigação e na reputação das partes envolvidas. O desdobramento desse caso será acompanhado de perto, dada a relevância do Banco Master e as suspeitas que o cercam.

