O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a elevação do sigilo no processo referente a Daniel Vorcaro, que contestou sua prisão. A decisão foi tomada na quinta-feira, quando seus advogados alegaram que a Justiça Federal de Brasília não era o foro competente para o caso, que envolve um contrato imobiliário e menciona um deputado federal. Com essa mudança, o processo passou a ser tratado como sigiloso, restringindo o acesso a informações apenas a um grupo seleto de pessoas autorizadas.
O aumento do grau de sigilo foi justificado para evitar vazamentos e possíveis nulidades nas investigações. De acordo com fontes ligadas ao ministro, essa ação se tornou necessária diante da complexidade do caso, que envolve um deputado e um empresário com forte influência no sistema judicial. A elevação do sigilo, que passou do nível 1 (segredo de Justiça) para o nível 3 (sigilo padrão), também impede que informações básicas sobre o processo fiquem disponíveis ao público.
Críticos, incluindo a ONG Transparência Internacional, expressaram preocupação com a falta de transparência em um caso de amplo interesse público. Eles destacaram que a medida pode comprometer a integridade do regime democrático, uma vez que a transparência na Justiça é considerada um pilar essencial. A expectativa agora é que a Procuradoria-Geral da República intervenha para contestar a decisão e garantir o direito à informação da sociedade.


