O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, pediu à Controladoria-Geral da União (CGU) que inicie uma investigação detalhada sobre a empresa Provider, que venceu uma licitação no mesmo dia em que um de seus sócios esteve no ministério. O pedido ocorreu na noite da última sexta-feira, 5, e visa esclarecer a relação da empresa com o governo e garantir a conformidade com as normas legais e éticas. Wolney já havia tomado iniciativas administrativas internas, mas enfatizou a importância de uma apuração independente pela CGU.
A Provider ganhou um contrato de R$ 117,7 milhões em junho de 2023 para operar centrais de teleatendimento do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), substituindo um contrato anterior que vinha sendo prorrogado desde 2017. No mesmo dia da licitação, o sócio da empresa, João Luiz Dias Perez, esteve no ministério por horas e teve uma reunião com Wolney, levantando suspeitas sobre a regularidade do processo. Além disso, um aliado político de Wolney participou da reunião, gerando questionamentos sobre os vínculos políticos que podem ter influenciado a decisão de contratação.
A busca pela transparência se intensifica, uma vez que a Provider pode assinar um novo contrato ainda maior com o INSS, no valor de R$ 378 milhões, para operar uma segunda central de teleatendimento. A autarquia previdenciária está aguardando pareceres para formalizar esse novo acordo. A investigação da CGU poderá trazer à tona informações importantes sobre possíveis irregularidades e a relação entre a empresa e o ministério, impactando o futuro das contratações públicas na área previdenciária.


