O ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti, anunciou nesta quarta-feira (3) que seu telefone foi monitorado por meio do software espião Pegasus, produzido pela empresa israelense NSO Group. Esta revelação surge em um contexto de controvérsia que envolve a agência de inteligência do país. Para investigar a possível infecção, Benedetti contratou um especialista em segurança digital que confirmou a presença do software em seu dispositivo.
Em uma entrevista à W Radio, o ministro destacou a seriedade da situação, afirmando que a instalação do Pegasus em seu celular representa uma grave violação de privacidade. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também se manifestou, denunciando que a aquisição do Pegasus ocorreu durante a gestão de seu predecessor, Iván Duque, mas as agências de segurança ainda não identificaram qual órgão detém a infraestrutura do software espião.
As implicações desse caso são profundas, uma vez que levantam questões sobre a vigilância estatal e a proteção da privacidade dos cidadãos. A situação também pode ter repercussões políticas, uma vez que expõe desconfianças sobre as práticas da administração anterior. A investigação em andamento deve esclarecer não apenas a utilização do Pegasus, mas também a responsabilidade das agências de segurança envolvidas.

