O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, indicou a existência de “indícios robustos” relacionados a desvios de recursos públicos, envolvendo os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, do PL do Rio de Janeiro. As suspeitas incluem a prática de lavagem de dinheiro, com saques e depósitos fracionados, além do uso indevido da cota parlamentar para despesas fictícias. A operação, que foi autorizada pelo STF, resultou em mandados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira em Brasília e no Rio de Janeiro.
As investigações apontam que os parlamentares podem ter utilizado empresas de fachada e realizado movimentações financeiras significativas sem a devida origem dos recursos. Dino detalhou que o pedido da Polícia Federal, respaldado por relatórios de inteligência financeira, demonstrou a necessidade das medidas para aprofundar a apuração dos fatos. Um total de R$ 430 mil em dinheiro vivo foi encontrado em um dos endereços ligados a Sóstenes durante a operação, reforçando a gravidade das alegações.
As reações dos deputados envolvidos foram de indignação, com Jordy alegando ser alvo de uma “perseguição implacável”. A investigação levanta questões sérias sobre a utilização de recursos públicos e a responsabilidade dos representantes eleitos. A continuidade deste caso poderá influenciar a percepção pública sobre a ética no exercício da política no Brasil, especialmente em tempos de crescente escrutínio sobre a corrupção.

