O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, anunciou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (23) que as ordens de soltura de detentos no estado sofrerão um atraso de 12 horas. Essa decisão foi tomada após a liberação indevida de quatro prisioneiros do Cesesp Gameleira, em Belo Horizonte, no último sábado (20). O atraso visa permitir que o Judiciário confirme a autenticidade dos alvarás de soltura, que foram expedidos de forma fraudulenta.
Segundo Simões, os detentos utilizaram um método sofisticado para escapar, obtendo alvarás de soltura legítimos, mas gerados após uma invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele enfatizou que prefere manter um inocente preso por mais 12 horas do que libertar um criminoso. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais já cancelou os documentos falsos e está em busca dos fugitivos, que ainda permanecem foragidos.
As autoridades estão realizando investigações para apurar as circunstâncias da liberação fraudulenta e garantir a recaptura dos detentos. A população pode ajudar fornecendo informações anônimas sobre os fugitivos através do Disque Denúncia Unificado 181. O caso levanta preocupações sobre a segurança do sistema judicial e a necessidade de melhorias para evitar novas fraudes no futuro.

