Militares equatorianos condenados por destruir radar antitráfico estratégico

Amanda Rocha
Tempo: 2 min.

Nove militares equatorianos foram condenados a mais de nove anos de prisão pela destruição de um radar militar em 2021, essencial para a detecção de voos ilegais relacionados ao narcotráfico. O tribunal civil considerou que os militares, responsáveis pela segurança do equipamento, cometeram o crime de sabotagem ao usarem explosivos de alto poder, causando a destruição total do radar, que havia sido instalado em Montecristi, no sudoeste do Equador.

O radar, parte de uma estratégia mais ampla para combater o tráfico de drogas, foi danificado apenas duas semanas após sua instalação. O Equador, situado entre os principais produtores de cocaína do mundo, Colômbia e Peru, é uma rota crucial para 70% dessa droga destinada aos Estados Unidos. A Procuradoria-geral do Equador afirmou que os explosivos utilizados eram de uso exclusivo das Forças Armadas, elevando a gravidade do ato perpetrado pelos militares.

Além das condenações, a situação levou à mobilização de tropas americanas no porto de Manta, uma antiga base militar dos Estados Unidos, em resposta ao aumento da violência relacionada ao narcotráfico na região. Essa ofensiva, iniciada pela Casa Branca, já resultou em um número significativo de mortes desde setembro. O desdobramento desse caso pode impactar ainda mais as operações de combate ao tráfico no país e a colaboração internacional na luta contra essa criminalidade.

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