O presidente argentino, Javier Milei, começa a segunda metade de seu mandato nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, com uma representação ampliada no Congresso após as eleições de outubro. Embora seu partido, A Liberdade Avança, tenha aumentado significativamente seus assentos, ele precisará negociar para aprovar reformas trabalhistas, fiscais e penais, que são consideradas polêmicas e essenciais para a governabilidade.
A nova composição legislativa, que quase triplicou os assentos do governismo, permite ao presidente tentar aprovar o orçamento de 2026 e outras reformas em sessões extraordinárias até o final do ano. Contudo, especialistas alertam que a força política de Milei é frágil, dependendo da estabilidade econômica e das relações com os Estados Unidos. A necessidade de formar alianças com governadores e moderar seu estilo combativo será crucial para avançar em suas propostas.
Enquanto isso, o cenário econômico da Argentina permanece desafiador, com alta inflação, aumento do desemprego e necessidade de pagamentos significativos em 2026. A resistência de sindicatos e organizações ambientais a algumas reformas propostas pode dificultar ainda mais a implementação de suas políticas. Assim, a posição de Milei no governo é sólida, mas enfrenta múltiplos obstáculos que exigem uma gestão cautelosa e diplomática.