Em Fortaleza, no último domingo, 30, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro gerou polêmica ao criticar o PL por sua articulação em prol da candidatura de Ciro Gomes ao governo do Ceará. Sua declaração, que desautorizou o deputado federal André Fernandes, expôs divergências internas no clã Bolsonaro e gerou reações negativas dos filhos do ex-presidente, Flávio, Eduardo e Carlos. A situação se agrava, uma vez que Jair Bolsonaro, agora encarcerado, não pode mais centralizar as decisões políticas do partido.
A crise interna do PL revela um dilema significativo na estratégia eleitoral do partido, que sempre confiou na figura de Bolsonaro para guiar suas alianças. Com a prisão do ex-presidente, o partido enfrenta desafios em sua organização e na articulação de candidaturas, o que pode comprometer sua força nas próximas eleições. A necessidade de uma reunião de emergência para resolver a situação destaca a urgência de uma estratégia coesa em um ambiente político cada vez mais fragmentado.
À medida que o PL busca restabelecer a harmonia interna, a situação levanta questões sobre o futuro do bolsonarismo e a viabilidade de suas candidaturas em estados estratégicos, como São Paulo e Minas Gerais. As tensões entre a abordagem pragmática dos filhos de Bolsonaro e a postura ideológica de Michelle indicam que a falta de uma liderança forte pode resultar em desarticulação e perda de influência nas eleições. O tempo de prisão de Bolsonaro será crucial para determinar a capacidade do grupo de se reestruturar e manter seu legado político.


