Mianmar realiza eleições criticadas pela comunidade internacional

Sofia Castro
Tempo: 2 min.

Neste domingo (28), Mianmar finalizou a primeira fase das eleições legislativas organizadas pela junta militar, um evento marcado pela controvérsia e pela ausência de ampla participação popular. O processo eleitoral, que se estenderá por um mês, ocorre quase cinco anos após o golpe que depôs a líder Aung San Suu Kyi, agora encarcerada, e é amplamente rechaçado por observadores internacionais como uma tentativa de legitimação do regime militar.

O pleito foi caracterizado por uma significativa falta de eleitores, com mais jornalistas e funcionários do governo presentes nos centros de votação do que cidadãos comuns. A junta militar, sob a liderança do general Min Aung Hlaing, insiste que as eleições são justas, mas a ONU e outros países expressaram preocupação com a exclusão de partidos políticos e a ausência de um ambiente democrático seguro. Em áreas controladas por rebeldes, não houve votação, refletindo a profunda divisão e instabilidade no país.

As implicações dessas eleições são graves, pois a legitimidade do governo militar pode ser reforçada, mesmo diante da guerra civil que assola Mianmar. Aung San Suu Kyi, que cumpre uma longa pena de prisão, e os líderes de seu partido, agora dissolvido, não têm voz neste processo. A situação crítica da população, que vive sob constantes ataques, levanta questões sobre o futuro político e social de Mianmar, enquanto o mundo observa com apreensão.

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