Na quarta-feira (10), o Congresso do México aprovou um conjunto de aumentos tarifários que impactará mais de 1.400 produtos importados, especialmente da China. A Câmara dos Deputados iniciou o processo de aprovação, seguido pelo Senado, que registrou 76 votos a favor e 5 contra. O partido governista Morena, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, argumenta que as tarifas são fundamentais para promover a produção nacional.
As novas tarifas, que podem chegar a 50%, afetarão setores como têxteis, calçados, eletrodomésticos e veículos, com implementação prevista para janeiro. A China, que exportou US$ 130 bilhões em produtos para o México em 2024, será a mais afetada por essas medidas. Analistas afirmam que a verdadeira motivação está ligada à negociação com os EUA, visando reduzir tarifas remanescentes que impactam as exportações mexicanas.
O diretor de um instituto de competitividade local advertiu que estas novas tarifas podem criar descontinuidades nas cadeias de suprimentos e aumentar a inflação em um momento de desaceleração econômica. Com a revisão do acordo de livre-comércio entre México, EUA e Canadá (USMCA) se aproximando, o governo mexicano pode estar ajustando sua política comercial, o que pode ter repercussões significativas na economia local e nas relações comerciais.

