Após mais um adiamento do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, integrantes do governo brasileiro decidiram intensificar as negociações com outras nações. Ao menos 11 países estão em diferentes estágios de conversação com o bloco, enquanto o Brasil busca alternativas para não ficar dependente das deliberações europeias. O adiamento, que ocorreu devido a exigências da Itália e França por mais proteções ao agronegócio europeu, foi considerado frustrante pelo Itamaraty.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a análise do acordo será realizada em janeiro, aumentando a insatisfação brasileira. Diplomatas do Itamaraty afirmam que a responsabilidade pelo atraso recai sobre a Europa, que já havia utilizado justificativas semelhantes no passado, como questões ambientais. Com esse contexto, o Brasil se volta para acordos comerciais com outros países, priorizando aqueles que demonstram interesse real em firmar parcerias.
O Mercosul agora concentra esforços em acordos com nações como os Emirados Árabes Unidos e está em fase de negociação com países da Ásia e das Américas. O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, planejava celebrar a assinatura do acordo com a UE, mas o foco agora se volta para parcerias que possam ser concretizadas em um prazo mais curto. Essa mudança de estratégia poderá redefinir as dinâmicas comerciais do bloco, ampliando suas relações comerciais e econômicas em um cenário global volátil.

