Os mercados emergentes estão se posicionando como a principal escolha de Wall Street para 2026, após um ano de desempenho excepcional. Gestores de fundos revelam um aumento significativo no fluxo de capital, o maior desde 2009, refletindo uma mudança de percepção em relação a esses ativos que, até pouco tempo, enfrentavam ceticismo por parte dos investidores devido a um histórico recente de retornos fracos.
As ações de mercados emergentes superaram as de seus pares americanos pela primeira vez desde 2017, e a diferença de rendimento entre seus títulos e os do Tesouro dos EUA é a menor em 11 anos. O entusiasmo pelo setor foi palpável na recente conferência de investimentos do Bank of America em Londres, onde o clima otimista foi destacado por especialistas que afirmam que os pessimistas em relação a esses mercados estão desaparecendo. Essa mudança de perspectiva é apoiada por avanços na redução da dívida e no controle da inflação em países em desenvolvimento.
O crescimento do interesse pelos ativos emergentes é um sinal de que os investidores estão buscando diversificação e se afastando de uma concentração excessiva em ações americanas. Com previsões de entradas significativas em fundos de dívida emergente e uma recuperação contínua, os emergentes podem estar se preparando para uma valorização ainda mais robusta. Porém, a continuidade desse movimento dependerá da evolução do dólar e da política monetária global, que poderá impactar esses mercados nos próximos anos.

