Os mercados emergentes se preparam para iniciar 2026 como a opção preferida entre investidores de Wall Street, após um ano marcado por uma intensa recuperação. Em 2025, esses mercados experimentaram a maior entrada de capital desde 2009, com os investidores cada vez mais alocando recursos em ativos que, por muito tempo, estiveram à margem devido ao seu desempenho fraco. A diferença de rendimentos entre títulos emergentes e os do Tesouro dos EUA caiu, sinalizando um retorno do apetite por riscos e diversificação entre os investidores.
O otimismo foi evidente na recente conferência de investimentos do Bank of America, onde gestores de fundos expressaram confiança nas perspectivas dos mercados emergentes. Segundo especialistas, essa mudança reflete uma reavaliação estratégica, com os investidores buscando oportunidades fora dos Estados Unidos, especialmente em países que demonstram avanços em controle da dívida e da inflação. Apesar da recuperação, os gestores de portfólio aconselham cautela, uma vez que a volatilidade do dólar pode criar desafios para a classe de ativos emergentes.
Os próximos meses serão cruciais para determinar se essa tendência de investimento se consolidará. A expectativa de entradas adicionais de capital, especialmente em um cenário de dólar mais fraco, pode impulsionar ainda mais os mercados emergentes. Contudo, analistas alertam que a recuperação pode esconder vulnerabilidades, e a resistência a um eventual fortalecimento do dólar será um teste fundamental para a sustentabilidade desse otimismo.